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Surto de Dengue no Brasil

A DBVix chama a atenção apara algo de muita importância no cenário atual do Brasil. Com surto em alta, Brasil chega em 4 meses ao mesmo patamar de casos de dengue de todo o ano de 2021.


O País teve 542 mil casos até 23 de abril, segundo o Ministério da Saúde. No ano passado inteiro, o Brasil somou 544 mil casos.


"O que se observa neste ano é uma atividade expressiva da dengue em algumas partes do país, em particular no eixo que vai do Tocantins até Santa Catarina, passando pelo Centro-Oeste e pela porção oeste de São Paulo", interpreta a bióloga e epidemiologista Cláudia Codeço, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).


Mas o que está por trás desse cenário? E o que pode ser feito para combatê-lo? Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que uma série de fatores combinados contribuíram para o aumento da dengue justamente neste período.

"Tivemos um clima especialmente favorável à dengue neste ano, com chuvas intensas e prolongadas", lembra Codeço.

Desde o final de 2021, quando começou o verão, várias cidades brasileiras registraram muitas tempestades, relacionadas a fenômenos como o La Niña e as mudanças climáticas.

Para o Aedes aegypti, as chuvas são sinônimo de água parada, local onde os ovos do mosquito eclodem e as larvas se desenvolvem até alcançarem a fase adulta.

"Geralmente, quando chega o mês de dezembro e começamos a notar uma grande concentração do Aedes, já dá para prever que março e abril vão ser ruins, com muitos casos de dengue", observa o infectologista Celso Granato, diretor do Fleury Medicina e Saúde.


Mas, na virada de 2021 para 2022, as projeções foram atrapalhadas por outras duas crises de saúde.

Nessa mesma época, o Brasil enfrentou uma epidemia de influenza H3N2, que causou um aumento importante de casos de gripe, e o espalhamento da variante ômicron do coronavírus, por trás de recordes nos números de infecção.

"Os sistemas de vigilância da dengue foram muito prejudicados, já que nesses dois últimos anos havia um foco quase absoluto na pandemia de covid-19", acrescenta o médico, que também é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Ainda em relação à pandemia, o menor número de infecções em 2021 também tem a ver com os períodos de maior isolamento social, que diminuíram a locomoção das pessoas pelas cidades.

"E vale lembrar que tivemos uma grande epidemia de dengue no país em 2019, então já era esperado um novo aumento a partir de 2022, já que as ondas da doença são cíclicas", diz a médica Melissa Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Por fim, Codeço destaca que "temos uma população empobrecida, com dificuldades de moradia, e vemos a precarização das cidades".

"Tudo isso dificulta o controle de vetores que transmitem a doença", explica a especialista, que coordena o InfoDengue, uma iniciativa da FioCruz e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o monitoramento das doenças relacionadas ao Aedes.

"Também é importante observar o espalhamento da doença para o Sul do país, onde ela era pouco ativa ou quase inexistente. Essa expansão pode estar relacionada às mudanças climáticas e à própria adaptação do mosquito", complementa a epidemiologista.

A tendência, de acordo com o que aconteceu nas temporadas anteriores, é que os casos de dengue continuem a subir no país pelo menos até o meio de maio. A partir daí, com a chegada de temperaturas mais baixas nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, os registros devem voltar a cair.


Além das políticas públicas, os especialistas chamam a atenção para as responsabilidades individuais no combate à dengue. Aqui entram aquelas recomendações clássicas de evitar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta. Vale fazer uma faxina no quintal e na varanda, com especial atenção para depósitos, calhas e objetos que ficam ao relento e podem acumular água da chuva.

Instalar telas em portas e janelas ou usar repelentes na pele são atitudes que também podem ajudar.


Por fim, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, como febre, cansaço, vermelhidão em partes do corpo, coceira e dores na cabeça, nos músculos, nas articulações ou atrás dos olhos.

Após o diagnóstico da doença, a recomendação é fazer repouso, caprichar na hidratação e, se necessário, usar remédios que aliviam alguns desses incômodos.

"Todos precisam conhecer os sinais de que a doença pode estar evoluindo para as formas mais graves. Os principais são vômitos difíceis de controlar, febre que não diminui, dor na barriga e sangramentos", lista Granato.

"Nessa situação, é essencial procurar um pronto-socorro o mais rápido possível", conclui o médico.

A DBVix atualmente trabalha fornecendo Kits para diagnóstico da Dengue. para maiores informações, sobre a doença, sobre os kits, ou sobre qualquer coisa relacionada, entre em contato com a gente!


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FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/04/16/o-que-esta-por-tras-de-nova-epidemia-de-dengue-no-brasil.ghtml

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